1906 - Esphinge
“Esfinge”, de Coelho Neto, foi o Frankenstein Brasileiro. Uma obra única na literatura brasileira que, publicada em 1908, abordou de forma pioneira temas como alquimia, terror, ficção científica e transexualidade, tudo no Rio de Janeiro do começo do século 20.
A história conta o cotidiano da pensão de Miss Barkley, que é habitada por pessoas das mais diferentes ocupações. A rotina da casa de pensão é alterada com a chegada de James Marian, um hóspede inglês excêntrico e recluso. Sua presença causa espanto e admiração em todos devido à sua aura de mistério e a uma peculiaridade física: ostenta um rosto de beleza feminina mas tem um esbelto e forte corpo masculino.
O narrador da história, em determinado momento, conquista a confiança do inglês, que confia-lhe então um manuscrito de sua autoria contendo o relato de sua vida, narrando desde a infância até o presente momento. Mergulhado em uma narrativa fantástica, cheia de misticismo, encanto, terror e tragédia, o protagonista desvendará o segredo por trás da aparência ambígua de James Marian, e partilhará do desespero de um homem em busca da solução do mistério que atormenta sua própria alma.